sábado, 27 de fevereiro de 2010

Luxo

Uma vez li uma matéria na revista Vida Simples sobre o que é o luxo. Na minha opinião essa resposta, aparentemente simples, traduz bem mais do que uma opinião pessoal, mas o espírito da vida de cada um. Ela mostra o que guardamos dentro das entranhas da alma. Os alicerces que dão ânimo aos nossos sonhos. A filosofia que norteia nossas vidas.

Então parei para olhar para minha vida e analisar se ultimamente eu estava me dando a alguns luxos. A resposta foi: mais ou menos. A correria do cotidiano acaba nos fazendo atropelar alguns detalhes que são puro luxo. Mas confesso que algumas coisas que não abro mão seguem fazendo parte desses elementos fundamentais para gente se sentir vibrando. Para mim o momento do café da manhã é um verdadeiro luxo. Não pelo conjunto de tentações da mesa, mas pelo prazer de tomar o meu café passado, olhando para a vista da minha janela, na mesa colocnial que escolhi com carinho para nossa casinha. Quando sento ali, todas as manhãs, tenho alguns minutos para olhar para dentro de mim. Me enxergo no cenário que sonhei e isso me dá uma paz infinita. Considero esse um momento de luxo do meu dia, já que a vida de hoje não permite muitas regalias como a introspecção, por exemplo.

Não gosto de roupas de marca, nunca fui chegada. Nem nos tempos de adolescente. Também não tenho aquela tara por comprar sapatos, como grande parte das mulheres. Não sou nada consumista para esse tipo de artigo. Mas não abro mão de um sábado a tarde sem nada para fazer. De um papo despretensioso, regado a um mate novo, na vista do alpendre. Luxo é tudo isso e está em todos os cantos e horas da nossa história. Alguns em especial me fazem sentir recompensada. Como ter visto a formação do meu pequeno serzinho nestes quatro anos de vida. Foram tantas as descobertas da Sofia pela vida que ser a espectadora de cada minuto dessa magia me fez muito feliz. Quando optei por deixar de trabalhar fora e abrir minha própria empresa, em casa, sabia que corria riscos. Estar perto dela nesses primeiros e decisivos anos, foi um grande luxo, e confesso que tive momentos de verdadeiro deleite. Foram muitas tardes de inverno que interrompi o trabalho para nos aninharmos no tapete, lendo livrinhos em frente à lareira. Tantos os momentos gostosos, que no meio da tarde fui surpreendida por um cheirinho de bolo no forno. Luxos que a Talita, minha fiél escudeira, sabe presentear como ninguém. São momentos simples, mas que dão a dimensão da certeza dessa escolha. Se eu não estivesse perto, não enxergaria sua grandeza.

Luxo é a cumplicidade com aquela amiga que te conhece só no olhar. É a expressão singular que vejo no rosto dos meus pais quando enxergam a Sofia. É a faceirice do Nauro quando ganha uma massagem nas costas. É poder escrever esse texto em um sábado ensolarado de fevereiro, sem pressa, em um “espaço” que está me ajudando a me fazer mais feliz. E o melhor de tudo, é saber que a lista de luxos não termina aqui, e que depois de ler esse post, os meus visitantes virtuais também vão fazer suas listas pessoais e dar mais valor aos seus luxos pessoais. Afinal de contas, a vida é um luxo!

P.S.: E para não deixar de me dar ao luxo, hoje a tarde vou cortar a grama e depois comer uma melancia bem gelada. Que luuuuxo!!!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mundo animal

Sei que ando estressada nos últimos dias e que quando isso acontece qualquer gotinha d´água parece um maremoto. Prova disso foi que me peguei há alguns minutos traçando um plano maquiavélico para acabar com a vida do nosso galo. Isso mesmo, para quem ainda não sabe, nós moramos para fora e temos um galinheiro habitado por três galinhas problemáticas e um galo destemperado.

A Sofia as batizou de Taliba, Luluca e Nine. Tínhamos também a Bira-bira, mas foi dada como desaparecida na enchente de janeiro do ano passado. Testemunhas ouviram seus gritos de socorro nas proximidades da figueira, mas com a força das águas o pessoal da Defesa Civil achou melhor incluí-la na lista dos desaparecidos. Bom, mas voltando a vaca fria. Ou melhor, ao galo Pedro. Isso mesmo, minha filha quis homenagear seu primo mimosos dando esse lindo nome ao penoso-histérico. Ele é mais um dos animais que o Nauro insiste em colecionar. Aqui em casa já tivemos uma ovelha chamada “Me”. Isso mesmo, super original!!! Ela foi convidada a “não fazer mais parte da família” depois que comeu 98,8% das árvores que plantamos com carinho, por longos meses. Foi preciso isso para o Nauro se convencer que seria mais apropriado doá-la. Mas, quem pensa que a Mé virou churrasco, está redondamente enganado. Mesmo que nossos animais gerem desavenças familiares e causem transtornos, depois que pisam nesse terreno, passam a fazer parte da família. Então, demos a ovelha para um senhor com cara de honesto, que assinou um termo de compromisso de que nunca olharia para ela de um “jeito diferente”.

Essa casa vive num entra e sai de bichos. Na última Expofeira foi a vez da coelha Luluca. Seguindo a tradição imposta pela Sofia ela recebeu o mesmo nome da galinha, re-homenageando a prima Luisa, de Jaguarão. Pois então, a Luluca veio para casa em pleno inverno. Primeiro morou no alpendre, mas como fazia muita sujeira, passou para parte térrea da casa. Conheceu aquele universo verde e se deslumbrou. Em menos de uma semana entrou na lista dos desaparecidos. Só que desta vez, suspeitamos que tenha sido um caso passional, já que tinha uma lebre rondando a casa durante a noite. Tudo bem, o que importa é que ela seja feliz. Sem preconceitos.

Mas tudo isso para chegar novamente ao galo Pedro. Eu tenho um sono super leve, qualquer coisa me acorda. Ultimamente o Nauro achou mais produtivo deixar o pessoal do galinheiro solto todo dia e a noite. Com isso, as galinhas colocam ovos nos lugares mais inusitados. Dia desses, tinha um dentro da gaveta de uma escrivaninha velha, no porão. O Nauro adora, e tem mil teorias sobre a psicologia animal. Para se ter uma idéia, outra noite, quando o Pedro começou a cantar destemperado, ele atirou um resto de bauru para o galo. O bicho não só calou a boca como se regalou.

Mas essa manhã o mundo animal me atormentou além dos limites. Eu estava no bom do sono, daqueles necessários, já que o ritmo de trabalho dos últimos meses tem sido intenso. Com o calor que tem feito, uma noite fresca como a de hoje é quase um presente dos céus. Eu estava literalmente nas nuvens. Até acordar com aquela goela desafinada, em um tom grave:

- Cuuuucuruuucuuuuu!!!

Pequei o relógio e constava: 5h43. Abri os olhos com uma fúria e me atinei só fechar a janela. Não foi suficiente para o danado do Pedro conter o seu show matinal. Eu não sei como ele sabe, mas se abala lá do galinheiro e fica postado exatamente na minha janela. Como ele sabe, tem um GPS no meio daquelas penas?

Coloquei um travesseiro na cabeça, esbravejei, e nada adiantou. Não consegui mais dormir e acordei num baita mau-humor. Até meia hora atrás eu estava pensando maneiras cruéis de me vingar do Pedro. Mas como esse é um espaço terapêutico e prometi a mim mesma que seria um blog-divã, estou mais calma. Agradeço aos ouvidos de vocês. Foi bom desabafar. Mas sei que caso ele suma misteriosamente serei a primeira suspeita da lista. Posso até vir a ser indiciada. Tudo bem, só não posso deixar de gritar beeeeeeemm altoooo:

- Mata esse galo e faz uma canja!!!!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Encontro de Sofias

Sofia gaúcha (E) e Sofia paulista (D), apreciando a Lagoa dos Patos, na praia do Laranjal

Foto: Nauro Júnior


Na semana que precedeu ao carnaval recebemos uma visita há muito aguardada e prometida nas bandas do sul. Há cerca de quatro anos, logo depois que saímos do hospital com a Sofia, conhecemos o trabalho, na época embrionário, do Instituto Abrace (www.institutoabrace.org.br).


Na época estávamos organizando a exposição Mundo de Sofia e fazendo uma via-sacra hospitalar para avaliar as possíveis seqüelas do período pós-UTI da Sofia. Era como aquela sensação de esperar ver o nome na lista do resultado do vestibular.


A cada novo exame, uma angústia velada, que Nauro e eu tentávamos disfarçar com um silêncio cúmplice. Era uma espécie de medo de falar e alguma coisa acontecer. Estávamos exaustos pelo período hospitalar e aliviados por tentar segurar novamente as rédeas da nossa vida.

Até que numa bela manhã de março, a minha amiga Maira liga para dizer que tem uma mulher fantástica, dando uma entrevista no programa da Ana Maria Braga. Era dia 8 de março e o programa apresentava mulheres especiais, indicadas por alguma personalidade masculina, representando o que eles achavam da condição feminina.


Eis que surge uma moça loira, magra e alta, indicada pelo jornalista Gilberto Dimenstein, da Folha de São Paulo, contando sua saga com a filha na UTI. O relato de mãe virou o livro “Mãe de UTI – amor incondicional” e plantou a semente da ONG que aquela mulher acabara de fundar.


O livro era o diário de Maria Julia Miele, que contava a brava luta de sua filha Sofia, que depois de um ano e três meses entre UTI e home care, faleceu. A instituição que ela começava, tinha como objetivo dar alento e força a pais que estivesses com seus filhos em UTIs, mostrando através da experiência vivida, a importância do amor no contexto hospitalar.


Nós aqui no sul, entre um exame e outro, montávamos a exposição Mundo de Sofia que iria para o Hospital Universitário São Francisco de Paula, para dividir nossa história com pais que ainda estivessem na luta.


A intenção era a mesma: dar uma luz a quem estivesse na escuridão.

Na mesma hora escrevi um mail para Maria Julia e começamos a trocar ideias. Ela me convidou para integrar a ONG e colocar a exposição disponível no site, para distribuir esperança a pais de todos os cantos.


Mas as mãos de Deus movem os peões do destino com tamanha precisão, que algumas coincidências chegam a nos arrepiar. Paralelamente, em Sorocaba, uma jornalista chamada Denise Crispim, fazia contato com a Maria Julia.


Também tinha passado longos meses na batalha. A filha Vivi não resistiu, mas a gêmea Sofia, nascida a menos de 10 dias de minha Sofia, estava na mesma via-sacra que nós.


O trio se formou. Três mães de Sofia, com suas dores e vontades. Dividindo experiências e aprendendo lições com cada nova história que nos chegava ao Instituto Abrace.


De cara sentimos uma identificação profunda e começou ali uma forte amizade, escrita pelo destino e pelas lições que as nossas Sofias vieram nos trazer. Percorremos a tal via-sacra dos exames pós-seqüela juntas, acompanhadas de perto pelos sábios conselhos da amiga Maju.


Nossas Sofia hoje estão lindas e felizes, com uma luz que nenhuma seqüela física jamais poderá apagar. E foi esse encontro de Sofias, que coloriu nossos dias de carnaval. Como diz na frase que é lema da nossa ONG:

“O caminho de cada um é feito pelos próprios passos, mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco”.



Visite o site do Instituto Abrace:


http://www.institutoabrace.org.br/


Clique em Mundo de Sofia, no rodapé da página e conheça a história da nossa Sofia!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Cordão umbilical

Discordo dessa visão histórica de que as mulheres precisam lutar pela igualdade. Pelo simples motivo de que homens e mulheres jamais serão iguais, em todos aspectos. Cada gênero tem suas particularidades, exatamente como o azeite e o vinagre. Juntos dão o tempero exato para a salada. Mas uma coisa faz de nós mulheres verdadeiras privilegiadas: a maternidade. A barriga crescendo, o corpo mudando, um ser dentro da gente, se formando. Por mais cotidiano que seja se falar em gravidez, quando acontece com a gente não há como não se emocionar. É um milagre, a ciência que me perdoe.

O cordão umbilical é um laço que a vida jamais consegue cortar. As mães que perderam seus filhos sabem o quanto. As que diariamente acordam, alimentam, vestem e mimam seus rebentos também. Nesse kit singular de que fomos abençoadas, ainda tem a amamentação e a intuição, aquele sentimento que não sabemos explicar e que o mundo batizou de “instinto materno”. Escrevo tudo isso para dizer que meu coração anda apertado nos últimos dias. É uma bobagem, coisa de mãe babona, sei lá. Não é por nada ruim, a Sofia está ótima, há meses sem nenhuma intercorrência, feliz e saudável. Mas na semana que vem finalmente vai para o colégio. Depois de quatro anos debaixo das nossas asas, vai dar seu primeiro passo no mundo coletivo. Vai pisar no universo regido por diferentes modos, gostos e filosofias de vida. Provar refrigerante, comer chiclete, ouvir gente que fala palavrão. Mas sei também que vai descobrir o convívio dos amigos, aprender o mundo das letras e construir o seu mundinho de sonhos. Nesses quatro anos de vida, procuramos mostrar a ela o quanto essa vida vale a pena.

Daqui para frente sei que será um piscar de olhos até a faculdade. Meu peito se enche de angústia e felicidade, se é possível que estes sentimentos antagônicos possam ser companheiros. Me arrepia ter a certeza de que a partir da próxima segunda-feira o tempo vai voar. Minha “minhoca” vai vestir o uniforme do “pré” e pisar o mundo cheia de autonomia. Sei que vai ser muito feliz. Que essa luz que ilumina nosso cotidiano vai irradiar por outros pagos também.

Estou feliz e triste. Mas me vem na memória o texto de um quadro que tinha no corredor da charqueada que nasci e cresci. Era o famoso poema do Kalil Gibran, que durante minha infância li e reli milhares de vezes, sem compreender. Hoje penso na profundidade daquelas frases e me apego a elas para amenizar meus medos. Desejo com todo meu amor que o mundo trate minha amada filha com carinho e que ela siga tendo a certeza de que essa vida é maravilhosa.

P.S.: E quando menos a gente imaginar, ela vai trazer aquele cabeludo, todo tatuado, para apresentar à família. Socorro!!!!

"Seus filhos não são seus filhos.
São os filhos e filhas da vida, desejando a si mesma.
Eles vêm através de vocês, mas não de vocês. E embora estejam com vocês, não lhes pertencem.
Vocês podem lhes dar amor, mas não seus pensamentos, pois eles têm seus próprios pensamentos.
Vocês podem abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois suas almas vivem na casa do amanhã, que vocês não podem visitar, nem mesmo em seus sonhos.
Vocês podem lutar para ser como eles, mas não procurem torná-los iguais a vocês. Pois a vida não volta para trás, nem espera pelo passado.
Vocês são o arco de onde seus filhos são lançados como flechas vivas. O arqueiro vê o alvo no caminho do infinito, e Ele curva vocês com Seu poder, para que suas flechas possam ir longe e rápido. Deixem que o seu curvar-se na mão do arqueiro seja pela alegria: Pois mesmo enquanto ama a flecha que voa, Ele também ama o arco que é firme."
KALIL GIBRAN

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tão rara

Pensei em um milhão de formas de dizer para Neca não desanimar. Mas que pretensão a minha dizer isso a uma pessoa que nos ensina a cada dia o quanto a vida é preciosa. Ela luta há alguns anos contra um câncer. Ela é jovem, tem um marido que a ama, uma filha linda que vai completar 15 anos e um brilho nos olhos que vi em poucas pessoas nesse mundo. Nesses anos de luta, ela sempre sorriu. Não lembro de encontrar a Neca um dia sequer com alguma ruga na testa. Se ela teve, soube administrar com uma sabedoria que jamais minhas palavras saberiam traduzir. Está sempre linda, por dentro e por fora.

Então ontem, quando minha irmã Kiki ligou à noite, pedindo que eu falasse com minha “santinha” para dar ânimo à Neca, eu fiquei pensando. A Kiki sabe que aqui em casa temos um altarzinho repleto, com todos os anjos e santos que integraram nossa corrente pela vida da Sofia. Uma em especial, a Nossa Senhora Desata Nós, estava presente na UTI e pelos corredores do hospital durante a odisséia toda. Nos olhou com firmeza nos momentos mais complicados. Parecia que dizia com o olhar: “Nem pensem em desistir”. Depois da batalha vencida, passou a ser padroeira da ONG que nos engajamos (www.institutoabrace.org.br). Nessa trajetória entre Sofia e a ONG ela já desatou cada nó, que merece o nosso respeito! Por isso então, a Kiki que sabe da história, me ligou ontem pedindo que eu acionasse a santa. Eu disse na hora que já estaria entrando em contato com as “instâncias superiores”.
Fui fazer o jantar e enquanto pensava na vida, seus mistérios e belezas, a Sofia aparece. Ela estava todo tempo no quarto assistindo à Branca de Neve. Daí chegou na cozinha com um anjo na mão, me olhou com aquelas bolitas cor de terra e sentenciou:

- Toma mamãe, é para a gente rezar!

E eu meio tonta perguntei, mas como assim? Quem disse que era para rezar. E ela respondeu com a mesma cara:

- O anjo, ora bolas!

Naquele momento não tive dúvidas de que iríamos rezar. Também tive a certeza de que existe muito mais entre o céu e a terra que possa supor nossa humilde sabedoria ou vã filosofia. Por isso querida Neca, respira fundo e segue firme. Mesmo que não possamos dimensionar tuas dores, conseguimos enxergar tua grandeza, tão rara!

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Paciência (Lenine)

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

2010 desculpas

Eu deveria reservar pelo menos umas duas páginas para me desculpar pelo “abandono de blog”. Na opinião do Nauro, isso é quase crime inafiançável, já que segundo suas palavras textuais: não podemos começar uma coisa e abandonar assim, de uma hora para outra. Ele tem toda razão e foi por isso que demorei tanto a voltar. Ficava imaginando como me desculpar. Bom, não sei explicar muito o porquê da ausência, já que acúmulo de trabalho não é justificativa. Se trabalho escrevendo, nada mais divertido do que relaxar através de crônicas cotidianas. Mas o fato é que estou aqui solenemente para dizer que não vou mais sumir. Também para compartilhar a sensação de que esse 2010 vai ser uma ano intenso. Acho que tudo nele vai ser muito. E de coração, espero que sejamos muito felizes.

Que venham as melancias geladas desse verão!